sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

3ª feira 06.01.2009 - Mestre (Veneza)

Um dia típico em Veneza: perdidos pelas charmosas ruelas e canais que formam a cidade linda de morrer e fria de matar! Difícil sobreviver por muito tempo nesse frio, só em uma cidade linda como essa conseguimos perambular por tanto tempo. Muitas máscaras e produtos caríssimos. E viva a commedia del'arte! Imagina o carnaval em Veneza que coisa incrível deve ser e que roubo não deve custar!

(Repara na paisagem, mas repara na cara de frio.)


(Paisagens típicas.)

Acabamos passando por algumas igrejas e na Piazza San Marco, uma espécie de Plaza Mayor de Veneza. Vimos os turistas insanos envoltos e felizes com as pombas nojentas. Na cara, nos braços, cabeça... e achando o máximo. Bizarro! Nos valeram bons ataques de riso.

(Por que meu deus? Por que?)

Depois fomos a Basílica de Veneza. O Celo esperou do lado de fora por causa da mochila, italianos rigorosos, católicos e mal humorados. A igreja era bem bonita com o teto todo dourado e com os desenhos todos em mosaico. Grandona! Mas não podíamos visitar tudo de graça. Saí para ficar com a mochila e o Celo entrou. Nesse meio tempo vi os adolescentes pularem em cima de uma pomba para assusta-la e acidentalmente assassinarem a bicha que ainda saiu voando esbarrando nas pessoas até morrer cuspindo sangue no meio da praça. Não era bem isso o que eles queriam fazer, me parece. Mas por isso levaram uma bronca de um tiozão tipo: "Ela é um ser vivo também. Queria ver se fosse com você." Hein?

(Basílica.)

Além desse episódio, vimos coxinhas de cinta liga, cantores ao lado da ponte, torres tortas e muitas vitrines de comida. Atrás de um cioccolato caldo terminamos em um barzinho piccolo onde também comemos sanduíches típicos:
- Cavalo Pazzo: sfilacci, ricota e pomodoro
- Porkis: porchetta, formaggio e pomodoro
- Piccantino: prosciutto, formaggio e carciofini.


(Noite em Veneza.)

Tarde da tarde, caída a noite, seguimos para o terminal de ônibus onde, agora sim, pagamos para voltar para Mestre.
No ônibus ouvi a primeira italiana pronunciar um sonoro Va fan cullo! Nesse ponto nosso pensamento já morava no jantar e a decisão por pizzas já havia sido tomada. Mas antes supermercato. Impossível afinal, custou a entender, mas hoje é feriado por aqui. Do que? Aí já é demais! OK! Resolvemos isso amanhã antes de seguirmos para Padova, mais conhecida como Pádua entre nós.
Vamos á nossa tradição então (até tentamos variar mas...). Celo pediu quattro formaggio, Daniel pepperoni e eu zuchini. Uma pizza enorme de massa fina logo apareceu na nossa frente, seguida de intermináveis jarras de vinho que nos levaram a ficar ali por horas tecendo teorias e observações sobre (nossos tão familiares) italianos. Entre uma jarra e outra Água de la fontana, per favore.

(Zuchini.)

Tudo começou com uma mãe e um filho (ele comeria só frituras: lula com camarões e batatas com bolinhos). Ali ficaram por uma longa refeição sem trocar uma palavra sequer. Ele gordo, ela de cabeça baixa. A única palavra trocada foi na ocasião da sobremesa, quando ela pediu ao garçom o postre do filhão. Daí em diante muitas outras análises superficias e observações infundadas se seguiram: o anriz dos italianos, incluindo os esponjosos cheios de álcool, as mulheres todas gordas ou futuras gordas, o hábito de manjare muita fritura acompanhando outra fritura, o italianinho que não parava de esfregar a bunda na cadeira, as japonesas sem saber comer a estranha pizza de mariscos, a incrível pizza coberta de fritas, os carabinieri, etc.
Ou seja, saímos alcoolizados depois de uma gostosa porção de profiterolis. Saímos e seguimos ao hostel radiantes... imaginando o que falariam eles dos magrelos que só bebem.

Chocolate quente e sandubas € 7,00
Dottore miniatura € 7,00
Café da máquina € 1,60
Transporte volta € 2,20
Tabaco Celo € 3,80
Jantar € 30,00
+ Hospedagem € 40,00
TOTAL: € 91,60

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