terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ipoema / MG de 27.12.2009 a 07.01.2010

A viagem durou quadro dias de chuva absoluta e outros sete dias de sol completo. Quaaaaase desistimos. Foi difícil perseverar. Mas fizemos e fomos presenteados. Viajamos: eu, Marcelo, Diogo, Ju, Chico (Francesco! Francisquinho!), Daniel e Valerie. Como sempre, formamos um grupo excelente! Esses meus amigos, nas mais diversas formações viajantes que já compusemos nunca me decepcionaram!!!
Chegamos no avançado da noite do dia 27 já que acabamos por sair tarde de SP e pegamos muita chuva na estrada. Nessa primeira noite dormimos, tão logo chegamos, na pousada do Tomás.
A idéia inicial era acampar no camping da Cachoeira do Patrocínio, porém o acesso com essa quantidade de chuva caindo do céu é impossível. Aliás, explicando minimamente Ipoema: a pequena cidade tem 3 cachoeiras principais, todas do mesmo rio - a Cachoeira Alta com uma queda de 110 metros de altura, a Cachoeira do Meio e a Cachoeira do Patrocínio. Estávamos em 2 carros: a Mama Tanque, como foi gentilmente nomeado o carro de tiozinho do Veloso e nosso Peugeot onde íamos Celo e eu. Estávamos cheios até as tampas de mantimentos e artigos de acampamento.
No café da manhã do dia 28 no Tomás conversamos longamente e calmamente (já que nada havia para fazer com tanta chuva) sobre o destino da viagem. Super Tomás sugeiru uma casa que viraria Hotel-Fazenda mas que estava começando e que, portanto, o dono poderia se interessar em nos fazer um bom preço. Por telefone mesmo, Tomás já lançou pro Délio (dono da casa) que ele deveria cobrar uns 15 reais por pessoa - o mesmo que pagaríamos no camping. Aí sim! Viva o Tomás - a descrição da casa era ultra-sedutora. Tudo acertado, fomos dar uma volta a pé na cidade para depois encontrar o Nélio. Comprinhas, queijinhos e céu nublado.
De volta a pousada, eu e Chico (e depois todos) tomamos banho de piscina à espera do Amélio chegar. Assim que ele chegou e acertou tudo, agilizamos e partimos para a casa.

Na viagem (por que foi uma viaaagem), seguindo o 4x4 de Zélio, na pior subida, um tiozinho bem velhinho se postou no pior ponto da subida para pedir carona. Hélio passou, nós passamos, já a Mama... não teve jeito! Não pode xingar velhinho, mas... porra mano!!! O velhinho mesmo só sossegou quando conseguiu entrar no carro de Vélio para caronear."O carro 'garrou", disse quando resgatou a Mama e seguimos caminho...
Eis que foi ficando loooonge, loooooonge, loooooooooooooonge... ficamos um pouco apavorados com tanto sobe e desce de ladeira de barro. Chegando, Nélio e sua mulher deram um trato na casa para nós. Na hora de partir ele avisou que deixava a casa de presente para nós, que o Papai Noel havia nos dado de presente - para ficarmos o quanto quisermos sem pagar nada. E eu que nem acreditava em Papai Noel. Me assusta como atraímos isso, esse tipo de gente e situação a favor de nós. Não é a primeiro, e espero, não será a última vez que isso nos acontece. Ficamos de queixo caído. Uma casa com 11 quartos, sauna, duas piscinas, churrasqueira, mesa de sinuca, cozinha industrial... mas fato é: isso não mudava o fato! Fato de que ainda sim chovia sem parar e ainda sim a casa era no fim do mundo (e também parecia um pouco o cenário do Iluminado). Nós sabíamos que não podíamos ceder ao conforto da casa (aliás, cheias de aranhas e escorpiões).
Jantar - na mega cozinha - foi: lentilha com cenoura, arroz, batata cozida, linguiça e salada de repolho, pepino e cebola. Boooooom! Isso é só o começo de nosso profissionalismo gastronômico campestre. Depois muito cancan!! Um prazer, todos se divertindo horrores, inclusive o menino Francisco. A sensação de férias já paira no ar. Antes de dormir, abrimos a cerveja e o mapa para sondar opções de para onde ir, já que ficar na casa não era nosso vontade. No Sudeste a promessa era só chuva. Seja aqui, seja na Canastra, seja... queríamos cachoeira mas talvez a praia fosse a única opção para curtir ao mesmo tempo natureza e sol. Espírito Santo? Ave! Jura? É isso que a vida nos reserva?! Itaúnas é muito longe, Diogo inventou a Barra de Itabapoana como destino possível - será o novo Âmbar?!
[ Em tempo, o Âmbar foi um destino que tivemos em nossas vidas sabe deus escolhido por quem, sabe deus por que motivo. Uma ilha perto da Baía de Camamu cercada de mangue e muuuuitas caravelas. É certo que é uma das viagens que mais temos histórias para contar - mas como destino turístico, no sentido convencional do termo, não dá pra contar... Um dia escrevo nossas histórias encachaçadas vividas na ilha que tem 15 famílias e dois bares. ]
E acabamos decidindo por seguir em linha reta pela BR-381 e depois procurar nos arredores de Guarapari alguma coisa que nos agrade.
Ainda cheios de dúvidas, decidimos partir no dia seguinte, antes que a chuva não nos deixasse nunca mais sair dali.

Dormir, talvez sonhar e, em seguida, partir. No momento da partida, na hora exata em que passávamos próximo a Cachoeira Alta em direção ao longínquo Espírito Santo, um raio de sol nos atingiu. Benza deus que a gente merece. Ir embora sem nem se banhar na cachoeira nos dava calafrios. Fora que, sinceramente, do fundo (raso, bem raso) de nossos corações, queríamos mesmo cachoeira e não praia. Olho no retrovisor encontra olhos no outro carro. "Um mergulhinho antes de seguir?!" Um uníssono: "Sim!!!" Em direção à Cachoeira Alta, põe biquini e vai.
Lá a cachoeira estava furiosa, difícil de entrar com aquela nuvem de respingos típica das cachoeiras com altíssimas quedas (e ainda em tempo de chuva ininterrupta). Eu e Daniel fomos até o fim mesmo com a incrível dificuldade de vencer o vento que vinha da bicha. Precisava. No reencontro molhado com o grupo, a decisão é inevitável: "Foda-se. Ficar. Faça chuva, faça sol."
Montamos acampamento e esperamos o sol chegar... não antes de muuuuita chuva cair, é claro.
A bem da verdade o sol só chegou em 2010. Mas chegou quebrando tudo! Soleira na moleira mesmo. Enquanto isso fizemos o que fazemos muito bem: beber, rir; cozinhar, comer; jogar, conversar. Diversão pura com alguma ruga de preocupação da chuva não ceder. Nada disso!
Depois de uma ceia (com rojões assustadores) e de uma balada festiva (e molhada) recheada de rituais inventados (e surtados), o ano novo e o sol chegaram nada tímidos e, aí sim, a cachoeira foi destino diário. Viva! Lavar a alma para o ano rock'n'roll que vem. Curtimos pocinhos gostosinhos e cachoeiras incríveis. Além de papos deliciosos e elaboradérrimos com o menino Francesco.
No rolê da Cachoeira do Patrocínio e do Meio, Chico andou a trilha toda com suas perninhas, conversando e subindo, já que a trilha é quase inteira de subida. Marcelo caiu de bunda o que nos preocupou deveras. Hérnia já pra dentro!

(O acampamento visto do alto da montanha.)

Chegamos na Cachoeira do Patrocínio e fazia sol - linda e deliciosa de nadar com um grande círculo de pedras no meio e pedras anatômicas para deitar. Em uma hora o lugar ficou totalmente apinhado: visualiza umas 50 pessoas em uma cachu? Infernal total.

(Cachoeira do Patrocínio.)

Fugimos em direção à Cachoeira do Meio, na minha opinião a eleita: poção, quedona, pedras a vontade. Um sonho! Apenas um problema: uma cobra nos noiou. Apareceu de cabecinha fora d'água em direção a Ju e Chico. Marcelo viu e no grito, avisou: "Sobe na pedra." Ela passou. Depois, só depois (ainda bem) viemos a saber que era uma jararaca... Esquece, bota no canto do cérebro e bola pra frente. Cachoeira vazia e de difícil acesso tem dessas.

(Cachoeira do Meio.)

Além dessas cachoeiras maiores e nomeadas, curtimos os pocinhos que delas derivam: playground de adulto. Jacuzzis, pedras para escalar, cantinhos para desvendar. O prazer é todo meu!

Para complementar a viagem acrescentamos ao roteiro 2 destinos: Itabira e Serra dos Alves. Itabira, terra de Drummond e da Vale do Rio Doce, não volto mais. Tica Itabira já que não é nem charmosa como Diamantina nem grande como BH. Nem a Tia Eliana que nos alimentou noz fez tão feliz (destaque para o mousse de maralat - enfim, um ser inteligente produziu o meio chocolate meio maracujá).

(Momentos marcantes nos monumentos da cidade.)

Já a Serra dos Alves, vale uma visita mais dedicada de dias. Cheia de cannions, nascentes e cachoeiras tem caminhadas para todos os gostos e disposições. Uma pousada charmosinha custa uns 80 reais o quarto. Cidade de uma rua meeeeesmo. Um guia, meio não guia, nos levou por 10 reais a Cachoeira do Marques: caminhadinha de uma hora (com criança) debaixo de sol intenso - cerrado - nos leva a uma cachoeira bem grandona com poção e que dá pra pular. Não que eu pule em cachoeiras mas... alilás, o erro aconteceu aí. Nem foto da cachu deu tempo de tirar. O guia, tosco que só, conduziu Daniel, o alérgico, para um cantinho de onde se pula. Lá ele ativou uns meeeega-marimbondos! Pronto, montado o cenário: em 10 minutos o Veloso estava com o lábio de um pajé, o queixo do Professor Aloprado e o braço, pãozinho. E nada de parar de inchar... pena! Nem deu pra curtir. Corre-corre para o posto de saúde a tempo de tomar uma injeção de Fenergan e conter o perigoso inchaço.
Na frente, Daniel, Valerie e Marcelo correram na trilha e no carro, dando a oportunidade do Marcelo brincar de Rally dos Sertões. Nós, eu, o guia e a família 90 atrás conversando e guiando a Mama Tanque para o mesmo destino: Bom Jesus do Amparo. As explicações do ocorrido ao Chico rendeu as frases: "Eu queria que a alergia não existisse" e "To preocupado com o Veloso, ele sempre ajuda tanto todo mundo" - isso tudo diz o super-5anos-menino. Já o guia insistia em repetir o discurso, não sei bem por que, de que aquele era o marimbondo caçador que vai atrás das vítimas. Preocupa-nos traumatizar a criança (já basta o episódio rojão na fogueira, ou ainda o cobra na cachoeira, ou por que esquecer o botijão explosivo do fogareiro...) Olha a foto dele se protejendo do botijão explosivo. Coxinha no bar do reencontro com os amigos e vamos para o camping desmontar, jantar e dormir no Tomás - parte para preparar para SP e parte, nós, para BH.
Depois de mais um super rango, fomos para o Tomás onde dormimos feito anjos. (Lembrar de nunca mais levar essas bostas de colchões inflados do inferno!!!)

No dia seguinte, dia 5, café da manhã e despedidas. Chico me abraça e diz "Vou sentir saudades, queria ir com vocês", Marcelo me recolhe da poça em que me tornei e partimos. Nossos amigos seguiram para SP e nós a BH onde esticamos por mais dois dias a viagem para irmos a Inhotim na 5ª.
Em BH, tivemos grande dificuldade de arrumar um lugar para ficar. A promessa de que no centro tudo era acessível era muito, muito falsa. Acabamos num Fórmula 1 (R$ 95,00 a diária). Demos um bom rolê na cidade com direito à muita cerveja, feijão tropeiro, queijo e compritchas com dinheiro que não temos - somos craques nisso, afinal nunca temos dinheiro mesmo. Mercadão (adoooooro!), Pampulha, Museu Giramundo, Parque Municipal, Pça. R. Soares. Tivemos até que comprar roupa pois as nossas estavam muito sujas e quem disse que é paulista que gosta de shopping?! Todos os mineiros, com cara de paulistas, estavam lá. Credo!
De 4ª para 5ª dormimos no Alpes BH Hostel (R$ 68,00 a diária com café) e na 5ª logo cedo partimos para Inhotim - o personal Centro de Arte Contemporânea do Sr. Bernardo Paz. Assim como Pompéia na Itália, Inhotim foi a cereja do bolo da viagem. Um deleite. Um parque-museu só com objetos e instalações montadas com o rigor que os artistas sonham. Os prédios são montados para abrigar as obras - tudo perfeitim... Como tenho muita rejeição às pessoas que batem fotos em museus, mesmo querendo guardar imagens como lembrança, não consigo tira-las. Fica essa do Cildo como referência ("Inmensa"), o resto é bom ver no site.


De volta ao carro, boas risadas e muita chuva nos levaram no dia 7 à nossa deliciosa, cheirosa e limpinha residência.
Vale, como sempre quis, disponibilizar nosso rico cardápio de acampamento só para contrariar aqueles que pensam que só se faz macarrão em acampamento: com um fogareiro (explosivo) bunda de foguete e um fogo selvagem (grelha, carvão e tronco) e 3 panelas fizemos:
- Arroz, lentilha com cenoura, linguiça com cebola, batata cozida e salada de repolho, cebola e pepino;
- Macarrão tipo campestre: molho rosé, atum, vagem, cebola e queijo ralado;
- Churrasco de contra filet, linguiça e lombo com pão e vinagrete;
- Ceia de ano novo: arroz com leite de coco, lombinho na cerveja (na brasa), salada de grão de bico com pimentão, tomate, beterraba, pepino e cebola;
- Abóbora recheada com carne seca e cebola e arroz;
- Macarrão a bolonhesa nojenta (precisava ver a carne moída que conseguimos em Ipoema);
- Lombinho com mostarda, batata cozida, arroz e salada de tomate.

Para finalizar fica a sequência incrível de imagens do diário do Chico que foi feito a muitas mãos. Clique aqui para visualiza-lo. Vá clicando nas imagens para mudar para a página seguinte.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

5ª feira 08.01.2009 - Verona

Acordamos cedo. 8hs nos encontramos no quarto e partimos para a Ferroviária para pegar o Regionale das 8h48. Mas na hora de comprar os tickets só conseguimos a Eurostar para Verona o que nos custou 20€ por cabeça. Ainda tentamos voltar para mudar o quadro mas parece ser essa a única maneira.
Então vamos de Eurostar que é chique, quentinho e confortável. Sentamos confortavelmente em nossas poltronas e tomamos nosso café da manhã tranquilos.

(Café da manhã no trem... errado!)

Pena que entramos no trem errado. Será que a uruca da lasanha de ontem ficou? Estávamos indo à Roma e lá vem a fiscal. Ela tomou um susto, simpática "You're in the wrong train". Desce em Padova e pega o trem que passa na sequência "na mesma plataforma", disse ela. Então os meninos acenderam o cigarro e eu fui dar uma voltinha. Eis que o Marcelo viu, eu vi e o Veloso viu o trem na oooutra plataforma. A corrida foi intensa e bagunçou o intestino de todo mundo.
Ufa! Trem certo, agora é relaxar que logo chegaremos a Verona. "E em Verona tem uma passagem com o Romeu muito interessante...", insistiam os meninos. Hahahaha!
O passeio em Verona foi passeio o tempo todo já que não entramos em lugar nenhum para não pagar. Começamos pelas portas da cidade, muralhas, em direção a Via Capuleto mas antes cruzamos com uma Kombi com queijos e frios e uma banca de legumes e frutas. Fomos às compras, por que pagar para entrar nem pensar mas para comer, SEMPRE! Questão de sobrevivência. Um pomodorini lindo, copa e um queijo de cabra. Também rúcula. Além de umas batatinhas chips caseiras para acompanhar o almolanche a tarde.
E vamos a suposta cova de Julieta do lado da suposta igreja onde eles supostamente se casaram - não entramos... de lá vimos um casal casando. Depois seguimos para a praça onde tem um dos primeiros e maiores teatros romanos do mundo, piú belo. Na verdade isso aconteceu antes da cova da Julieta, depois cruzamos o rio e seguimos pela lateral sofrendo de frio e admirados com a cidade.

(Teatro romano - dentro exposição de presépio...)

(Da beira friorenta do rio.)

(Uma coisa assim meio pelourinho só que muito mais velha e um pouco mais Shakespeare.)

Chegamos à ponta direita da cidade rindo que nem... Chegamos e vimos entre grades os resquícios de outro teatro e subimos a um castelo que tinha uma bela vista da cidade. Fiquei muito impressionada com a beleza de Verona. O rio, as casinhas ocres, as pontes, tudo um charme. Comemos por ali, sofrendo um pouco com o frio, mas felizes e enebriados com a vista.

(Almolanche privilegiado.)

(Memória visual cravada na mente.)

Depois de um longo percurso descemos e fomos à outra importante praça da cidade perdidos pelas ruelas. Tomamos cafés (mó de poder usar o banheiro) e vimos igrejas e vitrines. Achamos a casa do Romeu (ele tinha um nome como Cagnole que nos rendeu mais não sei quantas "tem uma passagem..."), passamos pelo poço do amor com macumbas de europeu, cheio de cadeados (belo símbolo para o amor) e fomos na casa de Julieta onde estavam todos os turistas escondidos. Muitos! Bem lindo... tudo! Andamos mais um tanto e ganhei uma meia calça linda do Marcelo. Eba!

(O tal balcão.)

(Olha, se você é turista, tem que tirar essa foto com as mãos no peito da Julieta... Ficamos tímidos!)

(Demos aqui.)

(O poço do amor - fazemos todo tipo de amarração.)

Mais à frente paramos, já no final da tarde, para esperar o Veloso ligar para a mãe dele. Namoricamos e preparamos para voltar, passando pelo arco. Fizemos e seguimos para a estação de trem onde esperamos o trem com "ritardo de 35 minuti". Um saco! Ouvir 30 vezes a mesma voz falando do trem 9-7-3-3.
Pegamos enfim e cochilei. Acordei chegando em Mestre com uma fome do cão. Fomos direto ao supermercado sonhando com um kebab econômico depois. Fizemos compras e na hora H acabamos resolvendo comprar pães, queijos, salame e vinhos e comer quentinho no quarto conversando. Hotel e comilança. Felizes da vida, meio beudos e super bem alimentados - destaque para o pão com cebola, pimentão, abobrinha e beringela (conhecidos como zucchini e melanzane). Uma delícia! Nanamos felizes.

(Petiscar...)

Trem € 44,00
Café expresso € 3,70
Supermercado € 15,00
Queijos e tomate € 11,00
Meia calça
€ 4,50
TOTAL: € 78,20

4ª feira 07.01.2009 - Padova

Acordamos cedo, nos encontramos e fomos ao Ali comprar mantimentos para as próximas 4 refeições (2 desayunos e 2 lanches). Foco na economia já que ontem o vinho nos levou a certas luxúrias. Salame, salada, tomate, pão, leite, queijo - tudo com foco na economia. Conseguimos. No quarto tomamos o café e nos preparamos para Padova com lanches super caprichados (salame, queijo e salada - com aquele molhinho do antigo pimentão). Acertamos mais algumas diárias e seguimos para a estação ferroviária. Logo estávamos no Regionale para Padova, uma cochilada curta nos levou direto para lá.

(Tchau squat.)

Faz muito frio, o chão está coberto dessa neve meio gelo e arrisco dizer que chove ou neva o tempo todo. No Centro de Informações pegamos um mapa e já descobrimos e a Capela Scrovegni (pela qual viemos à Padova) custa (a facada de) 12€. Vamuquivamu!
Direto a Scrovegni descobrimos que os 12€ incluem outros museus no ticket. Estamos colocando em prática o nosso italiano meio espanhol ("solamente") meio português duro meio nada. Estamos nos esforçando. Perto da capela nos divertimos jogando bolas de neve uns nos outros. Muito lúdico!

(A Capela Scrovegni.)

O esquema da capela é altamente moderno. Um dos processos de restauração e conservação mais tecnológicos e avançados da Europa. A Capela sofreu grandes abalos: uma bomba da Segunda Guerra, a retirada do Palácio Scrovegni e alguma coisa feita na fachada exigiu um trabalho dedicado para que as obras de Giotto não se perdessem por completo. Então você entra numa sala e assiste um vídeo tosco enquanto o ar é limpo e climatizado. Aí você entra e vê a pequena capela feita pelo tal Scrovegni Linkpara comprar Deus e livrar seu pai usurário do inferno (entre outros motivos). O céu azul com estrelas e dos lados a história da virgem e de Jesus culminando em uma bela imagem do Juízo Final. Bem impressionante e interessante de ver. O relevo da aura dos santos é especialmente bonito.
De lá seguimos para os museus que, a meu ver, serviram para nos proteger do frio e atiçar a nossa fome. Restos da civilização romana, grega e até egípcia e pinturas de terceiros, além de uma exposição perdida de fotos e máquinas fotográficas ("fotografei você na minha rolleiflex"). Corre para comer, não há lugar possível então comemos ali fora mesmo meio de pé. O sanduba estava sarado, bem caprichado. O salame relembrado e revivido durante todo o dia estava delicioso.
Vamos ao Palazzo Zuckermann onde ninguém jamais visitou. Coitados! Uma puta estrutura largada às moscas e os tiozinhos e tiazinhas suuuuper carentes. Não podemos ir embora até chegarmos no último andar com a tiazinha das moedas que estabeleceu longa e totalmente incompreensível conversa conosco. Destaque para a brincadeira passatempo de achar alguma palavra entre os objetos, para a escultura da menina desenhando, para o banco e os folhetos em alemão, para as pinturas de dois homens vestidos de mulheres (ataque de riso incontrolável - será que a tiazinha se chateou?) e a coleção de moedas, nossa querida FILATÉLICA NUMISMÁTICA. Assim que deu saímos dali e na chuva, seguimos em direção as basílicas da cidade. No caminho, universidade, pequenos arcos e passarelas cobertas, além da chocolateria mais linda da Itália (devemos estar anêmicos - só pensamos em comer).
Chegamos a primeira Basílica da Santa Alguma Coisa e lá aproveitamos o banco enquanto o Marcelo invadia sem querer (?) o tesouro e levava uma bronca italiana. Daniel tirou uma foto... profanando o confessionário. Igreja abandonada. Saímos e apostamos corrida no gelo e infelizmente ninguém caiu.

(Profanator.)

De lá fomos à Basílica da cidade onde Santo Antonio de Pádua está morto. Pela primeira vez, uma igreja cheia de fiéis e não de turistas. As pessoas rezando fervorosamente encostando a cabeça na catacumba do santo. Vimos também em enormes santuários de ouro a língua, as cordas vocais e os dentes do Antonio. Muito louco! Além da túnica e das coisas que ele usava. A língua era amis bizarra. Uma bela igreja com vários afrescos que pareciam do Giotto. Não sabemos se era.
18h e saímos em direção à estação de trem para voltarmos a nossa Venezia Santa Lucia (Mestre). Logo embarcamos para voltar. Assim que chegamos, fomos ao balcão de informações para tentar descobrir novamente a melhor maneira (entenda-se a piú economica) de chegar a Florença. Indo por Bolonha, P_____ e Florença fica por volta de 15€. Gostamos!
Fomos procurar hotéis baratos perto da Ferroviária e acabamos na internet olhando hostels em Florença. Depois de muito procurar chegamos ao hostelclub.com e lá entramos na área de hostels de 8€. Isso aí! Economizar para a terra prometida de Roma. Saímos muito contentes com as perspectivas e com nosso agilizo. Bora comer.
LAMENTÁVEL!
Aqui se inicia o episódio mais lamentável da viagem. Trocamos a tradição pela opção e erramos feio. Tudo nos indicava o erro mas insistimos até errar por completo. E assim fizemos. A borboleta, as máscaras rosas, a TV ligada, o dono-garçom viadérrimo de luzes no cabelo e depois a comida: o vinho espumante horroroso, o pão velho e duro, os canudos de plástico e por fim a vergonha final: a lasanha de microondas mais horrível de toda a vida. Massa, massa, molho, massa, massa, molho. Frio, sem gosto, enfim... Deu pra ver a luz do restaurante variando enquanto ele colocava a lasanha no microondas. Deu pra ouvir o PIM! Deu pra ver a ordem de passagem pelo microondas pelo calor variável de cada pedaço. Enfim...
LAMENTÁVEL!
E o preço então:
LAMENTÁVEL!
Nos restou lamentar... ficamos com muita raiva mesmo! Azedamos até o hostel com a barriga vazia. Revoltante! Deixamos nossa revolta por escrito no cartaz do hostel que dizia:
DON'T SMASH THE MOSQUITOS AGAINST THE WALLS e abaixo colocamos AND NEVER, NEVER EAT AT THE CUOCO PAZZO.
Fomos para o quarto depois para conversar com o português que procurava um sítio para morar em Treviso. Montamos super sandubas para amanhã afinal teremos fome. Dormir talvez sonhar. Desde que não seja com... Amanhã Verona cedinho!

Super € 12.00
Trem Padova
€ 8,00
Café
€ 0,80
Capela Scrovegni € 24.00
Internet
€ 2,00
Jantar
€ 20.00
Twix € 1,00
TOTAL: € 67.80

3ª feira 06.01.2009 - Mestre (Veneza)

Um dia típico em Veneza: perdidos pelas charmosas ruelas e canais que formam a cidade linda de morrer e fria de matar! Difícil sobreviver por muito tempo nesse frio, só em uma cidade linda como essa conseguimos perambular por tanto tempo. Muitas máscaras e produtos caríssimos. E viva a commedia del'arte! Imagina o carnaval em Veneza que coisa incrível deve ser e que roubo não deve custar!

(Repara na paisagem, mas repara na cara de frio.)


(Paisagens típicas.)

Acabamos passando por algumas igrejas e na Piazza San Marco, uma espécie de Plaza Mayor de Veneza. Vimos os turistas insanos envoltos e felizes com as pombas nojentas. Na cara, nos braços, cabeça... e achando o máximo. Bizarro! Nos valeram bons ataques de riso.

(Por que meu deus? Por que?)

Depois fomos a Basílica de Veneza. O Celo esperou do lado de fora por causa da mochila, italianos rigorosos, católicos e mal humorados. A igreja era bem bonita com o teto todo dourado e com os desenhos todos em mosaico. Grandona! Mas não podíamos visitar tudo de graça. Saí para ficar com a mochila e o Celo entrou. Nesse meio tempo vi os adolescentes pularem em cima de uma pomba para assusta-la e acidentalmente assassinarem a bicha que ainda saiu voando esbarrando nas pessoas até morrer cuspindo sangue no meio da praça. Não era bem isso o que eles queriam fazer, me parece. Mas por isso levaram uma bronca de um tiozão tipo: "Ela é um ser vivo também. Queria ver se fosse com você." Hein?

(Basílica.)

Além desse episódio, vimos coxinhas de cinta liga, cantores ao lado da ponte, torres tortas e muitas vitrines de comida. Atrás de um cioccolato caldo terminamos em um barzinho piccolo onde também comemos sanduíches típicos:
- Cavalo Pazzo: sfilacci, ricota e pomodoro
- Porkis: porchetta, formaggio e pomodoro
- Piccantino: prosciutto, formaggio e carciofini.


(Noite em Veneza.)

Tarde da tarde, caída a noite, seguimos para o terminal de ônibus onde, agora sim, pagamos para voltar para Mestre.
No ônibus ouvi a primeira italiana pronunciar um sonoro Va fan cullo! Nesse ponto nosso pensamento já morava no jantar e a decisão por pizzas já havia sido tomada. Mas antes supermercato. Impossível afinal, custou a entender, mas hoje é feriado por aqui. Do que? Aí já é demais! OK! Resolvemos isso amanhã antes de seguirmos para Padova, mais conhecida como Pádua entre nós.
Vamos á nossa tradição então (até tentamos variar mas...). Celo pediu quattro formaggio, Daniel pepperoni e eu zuchini. Uma pizza enorme de massa fina logo apareceu na nossa frente, seguida de intermináveis jarras de vinho que nos levaram a ficar ali por horas tecendo teorias e observações sobre (nossos tão familiares) italianos. Entre uma jarra e outra Água de la fontana, per favore.

(Zuchini.)

Tudo começou com uma mãe e um filho (ele comeria só frituras: lula com camarões e batatas com bolinhos). Ali ficaram por uma longa refeição sem trocar uma palavra sequer. Ele gordo, ela de cabeça baixa. A única palavra trocada foi na ocasião da sobremesa, quando ela pediu ao garçom o postre do filhão. Daí em diante muitas outras análises superficias e observações infundadas se seguiram: o anriz dos italianos, incluindo os esponjosos cheios de álcool, as mulheres todas gordas ou futuras gordas, o hábito de manjare muita fritura acompanhando outra fritura, o italianinho que não parava de esfregar a bunda na cadeira, as japonesas sem saber comer a estranha pizza de mariscos, a incrível pizza coberta de fritas, os carabinieri, etc.
Ou seja, saímos alcoolizados depois de uma gostosa porção de profiterolis. Saímos e seguimos ao hostel radiantes... imaginando o que falariam eles dos magrelos que só bebem.

Chocolate quente e sandubas € 7,00
Dottore miniatura € 7,00
Café da máquina € 1,60
Transporte volta € 2,20
Tabaco Celo € 3,80
Jantar € 30,00
+ Hospedagem € 40,00
TOTAL: € 91,60

2ª feira 05.01.2009 - Mestre (Veneza)

Dia de viagem. Sem passar nervoso de preferência. 8h estávamos de pé. Trevor chegava do squip e nós fizemos sanduba e muito café. Foi ótimo.

(Tchau squat.)

Tchau aos moradores e um aviso "Carefull outside, it's snowing". Realmente tava de dar medo. No bus stop logo o 78 chegou e começamos nosso trajeto em direção a Liverpool Station. Uma troca, não de guardas mas de motoristas quase atrasou nosso britânico cronograma que acabou dando super certo. Até um pouco de neve ao descer do ônibus deu tempo de pegar. Em Liverpool nos viramos rápido e em menos de 10 minutos estávamos a bordo do Stansted Express que nos levaria em 50 minutos ao aeroporto. Chegamos e na fila ninguém gritava. Os italianos colados na bota - CUIDADO que agora o idioma é próximo e talvez eles nos entendam. Vamos gastar as gírias, Marcelo deu uma de vovó: "o bafafá é na zoreba". Ótimo! Sobe, desce, passa, apalpa e fora ter perdido o ingrediente da minha bomba nuclear - my umbrella não pode embarcar - tudo deu certo e meia hora antes já estávamos entre os ansiosos passageiros formando fila no guichê 44 do Departures do Aeroporto. Os meninos se cutucam. Veloso fala da minhoca, Marcelo acha os morangos secos doces.
E aqui estamos nós no avião, eu escrevendo, eles dormindo. Só torço para que possamos comer gostoso e barato na Itália. Só isso. É pedir demais?!
Deu tudo certo, chegamos em Treviso e pegamos o ônibus para Mestri por 6€. Eba! Voltamos aos euros. Logo descemos no centro de Mestri e saímos a caça do mapa e de um lugar para dormir. Os italianos foram super simpáticos, esforçando-se para ajudar. Andamos bastante e e chegamos a estação de trem pela Via Cappuccinos. Em volta muitos hotéis, todos caros. Tentamos informação na estação ferroviária, mas não deu certo e seguimos por baixo da linha de trem para o outro lado. Paramos logo depois para descansar a coluna e seguimos em direção ao hotel que tínhamos contato. Logo chegamos (o chão de toda a cidade está coberto de gelo, nem neve é , mas o frio não é tão grotesco) e ninguém abria a porta até que chegaram e entre altos e baixos na comunicação em italiano conseguimos um quarto duplo para mim e para o Marcelo e um coletivo para o Veloso por um bom preço. Jogamos as coisas e partimos para o restaurante indicado - um restaurante familiar com italianos de filme. Comemos maravilhosamente bem, eu diria Stupendo!

Celo comeu um nhoque com molho de tomate, mozarela e manjericão,


o Veloso o nhoque de carne de cavalo desfiado ...


e eu um penne com presunto defumado, funghi e molho branco.


Um pãozinho com azeite e um vinho acompanharam lindamente a refeição. O máximo! Ficamos extasiados com, enfim, estar não num restaurante italiano mas sim num ristorante na Itália mesmo; os italianos foram super simpáticos e realmente parecidos conosco.
De lá tentamos ir ao supermercado Ali mas acabamos num outro bem fuleiro e careiro. Compramos super-pimentões e mortadela para o lanche e artigos para o café da manhã. Passamos numa patisserie onde comemos doces nada excepcionais.
No albergue, o homem nos explicou os acessos possíveis a Veneza e no quarto falamos rapidamento sobre esta etapa da viagem. Veloso foi para seu quarto e Celo e eu curtimos nosso quarto, fiz os sandubas e agora estou um caco. Perspectivas boas da Itália! Gratzie.
Arrivederci. Buona Notche.

na Inglaterra:
Ônibus para Liverpool £ 4,00
Trem para Stansted £ 38,00
na Itália:
Ônibus para Mestri € 12,00
Albergue (2 dias) € 80,00
Ristorante € 17,00
Supermercado € 8.00
Patisseria € 2.00
TOTAL: € 119.00

2ª feira 29.12.2008 - Paris

No nosso último dia em Paris descansamos bastante e também andamos bastante. Acordamos sem despertador, tomamos um super café da manhã com baguete recém saída do forno lá pela 12h, quase um almoço (dejeuner chama em francês) e saímos agasalhados para a rua, menos fria hoje mas com os olhos gelados. Pegamos o metrô e descemos em Trocadero. Dobramos a esquina e... voilá!

(Adeus a Torre.)

Que linda estava a Torre hoje. Uma visão realmente estonteante. Ficamos namorando um tanto lá e apreciando a vista mais parisiense das vistas de Paris. Viva! De lá sguimos pela Boulevard Kleber e chegamos ao Arco do Triunfo de onde descemos novamente a Champs-Élysée. Sei lá, pega super mal falar mal da Champs, mas como Passeig de Gràcia, trata-se de uma rua repleta de lojas de grife... Chegamos ao Grand Palais com vontade de comer batata frita. Vimos a fila fechada para o Picasso e os mestres e um pouco da arquitetura do prédio pela fenda da porta.
Pra onde agora se já temos a sensação de ter dado do conta do que era possível dar nesta primeira viagem? Seguimos pela avenida que sai da Place de la Concorde e chegamos na Igreja de la Madaleine, mais bonita por fora que por dentro.

(Último passeio.)

Do lado uma loja da Maille oferecia mostada com cogumelo morille mas estava esgotada. Sorry Cã... queria tanto levar... mas a moça foi impassível quanto à possibilidade de levar uma da vitrine, compramos uma para nós e partimos. Caminhamos mais um bocado vendo as coisas, as pessoas... Paramos para french fries e fomos para casa. Lá, vinho, uma partida de buraco, uma ligação para o querido Robert, mais vinho e queijo de cabra. Arrumar primeiro as malas, depois a suja casa de nosso querido Robert.

(Lanchinho.)

Fomos a cozinha e começamos cozinhar, é dia de zerar o estoque. Esperamos nossos parceiros para fazer o encerramento das duas casas ao mesmo tempo juntando forças. O menu foi eclético: torta de alho poireaux Casino, cenoura e batata sautê, arroz, salada de tomate e cebola, frango assado e... vinho, como sempre. Boa conversa e boa comida. Eles se vão e nós vamos des-degolas a casa de Robert. Cada canto, uma caca. Demos um trato-truque e fomos curtir o fim do romântico clima francês.

(Cozinhando...)

(Despedida da casinha.)

Amanhã 9h20 na rodoviária. Temos de estar 8h de pé e já são pra lá de 2h.
Bonne nuit!

Domingo 28.12.2008 - Paris

Eeeeee! Domingo, leseira! A gripe permanece em forma de dor no corpo e sinusite. Café da manhã com ovos, baguete da outra boulangerie, já que hoje é domingo pé de cachimbo. Fazer sanduba no pão pequeno, talvez de milho, e rua!

(Baguete nossa de todo dia! Uma das faltas que sentiremos de Paris.)

Descemos no Louvre-Palais Royal, "attention a la marche". Fico pensando que realmente pros franceses a convivência constante com tanto turista deve ser foda... talvez por isso o mau humor ocasional. Tem muito turista totalmente desorientado.
No Louvre, objetivo. Direto para pintura flamenca. Vimos "A banhista" do Ingres, além de Delacroix, Da Vinci, e "A cartomante" do Caravaggio. Saída. Passeio pelo Sena até a Notre-Dame onde procuramos a Joana D'Arc. Onde estará? Comemos entre as pombas que faziam voltas na praçaa. Uns gringos comiam papa de nenem. Ave maria! E a dignidade, minha gente?! Nesta praça também muitos "Do you speak english?" como em todos os pontos turísticos dessa cidade. Depois do lanche e do solzinho (ai que passagem abençoada por Paris sem nenhum dia de chuva) fomos para a Conciergerie (casa do síndico) onde novamente pudemos passar uma longuíssima fila com nosso Paris Museum Pass. Lá dentro um tipo de "Piratas do Caribe" da Revolução Francesa com a ala Robespierre e Maria Antonieta entre outros. Depois Sainte-Chapelle, onde também pulamos uma bela fila que nos levou à uma bela capelinha transformada em loja pela igreja. Será aqui? Não. Em cima, uma liiiinda igreja com vitrais enormes, pequena e muito "hermosa". Falando em locais "santos", digo que aqui foi um dos mais lindos que fomos.

(Sainte-Chapelle chuchu!)



Valeu o passeio e resolvemos então nos perder pela cidade. Atravessamos a ponte e compramos um belo chapéu de francesa pra mim e nos perdemos pelo Quartier Latin onde passamos pelas galerias, patisseries, passando pelo Odeon Theatre (onde tinha a peça dos Grimm que queria ter visto) depois pelo Jardim de Luxemburgo e enfim ao Panteão onde pudemos dar nossa última carteirada. Uma construção bonita, cheia de criptas e monumentos (lá estavam enterrados Rousseau e Diderot entre outros). Muitos turistas batem suas fotos ao lado dos túmulos. E-lá-iá!
Depois passamos pela Sorbonne e fomos em direção ao metrô para a casa do Toti. Logo saindo cruzamos com eles indo ao mercado.

(Panteão.)

Fomos ao Monoprix comprar mantimentos para um jantar: filé a napolitana que se mostrou maravilhosamente diferente do nosso parmeggiana. Ele faz assim: cortou os filés e colocou-os "de molho" no ovo bem temperadinho com salsa e cebolinha e deixou descansar lá. Depois de um tempo retirou e passou no pão moído e untou com óleo algumas assadeiras e botou no forno para assar dos dois lados. Enquanto isso fez o molho de tomate, bem grosso. Quando o bife estava bem "fritinho" colocou por cima a salsa de tomate e a mussarela ralada com queijo parmesão ralado por cima e forno. A grande diferença é que não se encharca o bife no molho.

(Satisfeita?!)

Enquanto isso comemos patê de javali e fizemos uma salada e arroz. Sentamos para comer e estava tudo delicioso. Depois dançamos com Mathieu, divertidíssimo. A hora bateu e quase viramos abóbora. Partir, metrô e casa.
Importante acrescentar que hoje comi macarron de café, baunilha e framboesa e achei meio sequinho mas gostoso.
Ah! E pra provar que o Paris Museum Pass vale muito a pena aí vão os valores unitários dos lugares que fomos.

ARCO DO TRIUNFO - 9€
VERSALHES - 20€
POMPIDOU - 12€
PICASSO - 8€
ARTS E METIERS - 6,50€
ORANGERIE - 7,50€
LOUVRE - 9€ x 2
CONCIERGERIE e SAINTE-CHAPELLE - 11,50€
D'ORSAY - 9€
TOTAL - 109€
Preço do Paris Museum Pass - 60€

Valeu ou não? Uhu!

Pão 3,00
Chapéu
12,00
Monoprix (incluindo minha polaina)
30,00
Vinho € 6,00

TOTAL: € 51,00