sexta-feira, 20 de novembro de 2009

5ª feira 04.12.2008 - Sintra

Na estação de comboio Roma - Areeiros em direção à Sintra.
"Não mata mas mói", diz a portuguesa sobre o estresse. Arrasou na definição - naipe dicionário.
Os portugueses respondem as perguntas da maneira mais simples possível, pode ficar faltando pedaço, cuidado!
Um pouco de dificuldade de chegar à Sintra: descer em Benfica, Amadora e lá pegar outro... parece! Você pergunta para várias pessoas e uma completa a informação da outra. Parece a situação da fila de entrada no país.
Pegamos o M.S.Melecas (hahahahaha) e descemos em Cacém para pegar o comboio para Sintra. "Não convém descer em Benfica" por que a conexão tem que descer a escada. Realmente numa viagem dessa (2 meses mochilando) não convém gastar energia a toa. E viva o fiscal português que nos ajudou!!! Quase contei uma piada de português para ele, mas talvez não fosse conveniente.

(A paisagem de Sintra com o Palácio Nacional e as famosas chaminés gêmeas. É, o dia tava feio...)

Chegamos à Sintra (mapa) e a primeira impressão é que parece Campos de Jordão (não que eu já tenha ido lá)... Uma neblina mas uma simpatia.
Paramos em uma bica linda com um cheiro tipo bala de goma com dama da noite e uma pitada de repolho ou algo assim. Ótimo que na volta quando passamos nela de novo tinha um homem enchendo galões de água na bica (isso por que a placa de proibido era imensa!). Intrigados com o cheiro fomos nos comunicar (em país estrangeiro se comunicar é sempre uma decisão) e perguntamos ao moço se ele sabia o que era aquele cheiro, se aquela água podia beber mesmo assim e tal. E, excelente!, o cara falou "é o produto de limpeza que usaram para a faxina". Hahahahahaah! E a gente, os turistas deslumbrados, achando que era um cheiro especial que historicamente blablablabla. Toma essa! Hahahahaha.

(A bica encantada.)


Depois seguimos para o Museu do Brinquedo, aqui (aproveito o banheiro para... usa-lo e para escrever um pouco) tem muitas bonecas incríveis e também super sinistras, conjuntos de bonequinhos de guerra e carrinhos. O mais legal: uma casa de bonecas com papel de parede e toda equipadinha. "Próxima coisa inútil que vou fazer", disse o Marcelo. Ana Clara que se prepare.

(É, eu gosto de comida e de brinquedos...)

Depois fomos ao Palácio Nacional de Sintra: destaque para a Sala dos Brasões com bambis vestidos com os brasões das famílias por todo o teto e principalmente para a enorme cozinha com as famosas chaminés gêmeas.

(A cozinha de onde saem as chaminés gêmeas. Avalia o grau das comilanças.)
(Vista da frente do Palácio. Lá em cima o Castelo dos Mouros.)

Comemos bananas e sandes envoltos em pombas que tornaram nosso "almoço" um completo inferno. Comendo e rindo, de nervoso. O pior é que aqui elas não tem medo de nada - europeus não chutam pombas, pois deviam, assim elas aprendiam a não ser tão abusadas. "Você não pomba nojenta", dizia o Marcelo para uma pomba-cotoco aleijada e nojenta... Morri de rir!
Depois andamos por umas ruelas e sentamos para um café e queijadinha de canela... nada demais! A queijadinha, claro!
Tentamos ir ao Museu de Arte Moderna, mas a exposição de artistas da Ilha da Madeira não nos animou muito, aproveitamos para conhecer mais um pouco de Sintra no nosso meio de transporte favorito: as pernas!
Voltamos para Lisboa, eu dormi o caminho todo. Sonão! Até babei. Uhu! Descemos no Rossio e andamos perdidos por ali mais um pouco - o que fazer?
Resolvemos ir atrás de informações sobre a ida à Nazaré, andamos até o Cais do Sodré e lá nos mandaram à estação de Sta. Apolônia e lá fomos nós regados àquela garoinha fina. Quase não faz frio. Cruzamos a Praça do Comércio e seguimos pela beira do Rio Tejo em direção à Alfama.
Vimos uma linda e impressionante dança de andorinhas, nuvem que vira balão, mancha várias formas. Incrível!




Seguimos até lá onde conseguimos as informações que nos levaram a decidir ir direto para Porto amanhã: "a 2ª maior cidade de Portugal e uma das mais baratas." Temos de pegar um trem lá e leva umas 3 horas até Porto. Vamos amanhã e chegaremos lá por volta das 15h.
Podres, descadeirados, molhados e cansados resolvemos voltar para o hotel.
E depois de perder um dindin, comprar cerveja Sagres, Coca e batata Lays fomos para o quarto onde ganhamos uma cama gostosa e até massagem. Um dia de turismo ótimo com apenas uma pedrinha no sapato...
Paciência! Foi...
Como disse o Marcelo: "Pra não ficar tudo perfeito, pra ficar menos mal acostumado."

[No diário e durante a viagem como um todo, optamos por não falar muito sobre esse ocorrido que nos deixou bastante chateados. Na peregrinação atrás de informações sobre a ida para Porto, passamos por uns lugares meio obtusos de Lisboa, meio escuros, meio sem ninguém, meio de noite. Por isso optamos por separar o dinheiro entre os bolsos para não roubarem tudo, se isso viesse a acontecer. Olha o que o medo faz. Em SP, nunca andamos com grandes quantias de dinheiro. Eu, pra falar a verdade, nunca ando com nada! Acho que até por isso ficamos noiados. Mas aí a merda foi - fomos pegar o mapa que estava em um desses bolsos e a grana caiu sem que notássemos. Bastante dinheiro para os viajantes que nunca comem fora pra economizar, pra quem não entra em tudo pra ter fôlego até o final dos dois meses... Paciência... acontece!]

Trem 3,60
Museu do Brinquedo
8,00
Palácio
8,00
Lanche
3,00
Volta comboio
3,60
Gelado (sorvete)
1,80
Metrô
1,30
Super
3,17
TOTAL:
32,47

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