sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

5ª feira 11.12.2008 - Madrid

"Não sei o que é pior: esse desayuno ou a TV española..."

Boa! É bem por aí... Tomamos o café quase 10hs. Quase perdemos o desayuno... acho que até ficaríamos felizes. Mas o Codan (nome do bolinho podre oferecido no café) com geléia até que...
Céu azul e sol lá fora. Na perspectiva: menos pan para hoje - viva! Celo grita do banheiro "Desayuno, desayduo, desaytres..." Começo rindo.
Saímos e fomos direto ao Monasterio de las Descalzas Reales. Para conhecer só com guia. Próximo "circuito" às 11h45, compramos e demos um rolê por ali até a Catedral de San Isidro, estava tendo missa. Olhamos um pouco a igreja com suas mini-paróquias. Umas santas meio flamenco. Saímos e vimos voltando, curtindo um solzinho.

(Monasterio das Descalzas Reales - imagem só se for da fachada.)

Chegamos no convento e logo começou o rolê com o guia, o que acabou por ser bem melhor já que o interessante do convento nem é tanto o espaço em mas sim as histórias que o envolvem. O convento foi criado por Joana de Austria, que perdeu o marido pouco tempos antes de dar a luz ao filho, comprou este que era um palácio onde ela mesma havia nascido. Lá montou o convento para viver o resto de sua vida e morrer. A idéia é que as monjas rezassem por ela 3 vezes ao dia (coisa que fazem até hoje todo santo dia). Lá viveu seu luto até morrer. Trata-se de um convento da ordem dos franciscanos sendo bem mais simples do que os demais que conhecemos, com altares menos luxuosos e menos dourado por todo o lado.
Vimos o lugar onde ficava "A anunciação" de Fra Angélico. O guia nos falou muito, muito rápido. Pescamos poucas coisas, entre elas a briga com as guias francesas: o limite de 33 enclausuradas por vez (hoje 20 lá); que nenhuma, na história do convento, largou a clausura antes dos 6 anos mínimos; que elas organizam a eleição de uma representante e que lá ficava a principal coleção/série de tapeçaria (muito bonitas, por mais difícil que possa parecer); ah, e que cada uma, por costume, leva uma pequena escultura de cristo, em madeira, quando entram na ordem. Por isso uma incrível coleção de crucifixos. Um lugar super misterioso. Demos super sorte de viajante que fomos no dia da santa delas e pudemos ouvir a voz das monjas cantando. Além de ser o único dia que abre a tal da capela delas para a visitação. Ponto!!!!

(Teto da capela das monjas.)

Saímos para a Plaza Mayor. Internet free sempre nos leva lá. Novidades? Veloso pegará as chaves com o Robert e o "Fenômeno" será apresentado pelo timão na sexta feira [adivinha quem escreveu esse pedaço...].

(Plaza Mayor.)

Pausa para almoço e ranking das atividades da viagem. Comemos um menu do dia: 1º pão (uhu!), 2º cerveja, 3º paella (com 1/2 camarão cada um, bem ruim), 4º carne (boa!) com patatas fritas e, por último, cafezinho. Conclusão do almoço: patrão é patrão em todo lugar.

(Rango meia booooca. Preciso de outra paella pra avaliar.)

Em seguida visitamos o segundo arco da viagem "Puerta de Toledo". Depois do arco, continuamos nossas caminhada até o Thyssen-Bornemisza. Uma bela coleção de arte italiana pré-renascimento. Um belo Mondrian, um Hopper, um Pollock, um Rotko, Monets, Picassos e um monte de arte do séculos XVI e XVII (trecho com patins). Conclusão da visita: a Sra. Thyssen escolhia os piores trabalhos do mercado.
De lá os pobrões seguiram para a fila daqueles que não queriam pagar para ver o Prado. Uma visita rápida e objetiva. Ver "As meninas", as obras de Rafael, "A anunciação" de Fra Angelico, a sala do Bosch e do Bruegel. Frio, frio, frio.

(Fila dos muquiranas para entrar no Prado. Complementar a primeira visita.)

(Pobre Goya numa situação deplorável.)

Café com donut e metro para o teatro. No metrô: prêmio maior comb-over do mundo para lo tioziño.
Chegamos cedo. Ainda faltavam 40 minutos para o espetáculo. Subimos e descemos a rua. Faltavam 45 minutos. Hahahahaha. Resolvemos dar uma volta maior: rua dos tecidos, 40 centavos no cassino, bêbado "boliviano" do Samur, queijo de ovelha na feira, fantoche de Stradivarius e teatro. Aqueles que pagam pouco vão para o segundo andar. (No hotel, agora enquanto escrevo o relato, Robertão canta "Jesus Cristo")
Sem dar os 3 sinais começa o espetáculo "La vida es sueño". A seguir relatos verídicos e impressões: apaga a luz, fumaça branca no palco, 4 coadjuvantes sem camisa e de suspensório segurando o protagonista com postura de pombo. Incrível, eles falavam espanhol a peça toda. Entendemos 13%. Vários monólogos, peito arfando, muita expressão e vais e vens entre as colunas do cenário. Nós representávamos o povo na última fileira do teatro e fazíamos a hola como de praxe. Hehehee. Agradecimentos hierárquicos bem longos, o público gostou e não se levantou. Muita tosse, é importante lembrar. (Robertão joga rosas ao público e se retira.)

(No teatro...)

Fim, sai correndo. Experimenta o tomate do sanduba na frente do Corte Ingles para saber se estava azedo. Droga, não está. No Burguer King compra pepsi grande, "with ice?" "just a little" e vamos ao quarto. A puta dos lábios de mel estava na porta com a mesma roupa do primeiro dia. (Robertão volta e canta "Jo quiero ter um mijão de amigos" e "quiero comer gorfo de pombo para poder cantar")

(Robertão.)

Comemos sanduíche viejo e comemos os 2 últimos quadraditos de chocolate ao som de Robertão.
Buenas notches!
Para não esquecer "Con koko yo gozo mogollon". Hein?
Dia muito engraçado, viva o Marcelo inspirado.

[A história que contei aqui do Monasterio é o que entendi da fala do guia em espanhol. Fiquei muito intrigada - clausura me impressiona muito. Mas não sei se o que entendi corresponde. Dei uma pesquisada e já vi alguns equívocos... mas vale... sei lá. Optei por manter o texto como o entendi lá.]

Descalzas 10,00
Almoço 24,00
Donut 4,30
Pepsi
€ 2,10
TOTAL: 40,40

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