2ª feira 15.12.2009 – Barcelona

Agora chove. Agora tomaremos cappuccino e chocolate espanhol. O dia começou tocando o despertador irritante mas eficiente de todo dia. Eu me peguei ainda com dor de cabeça. Demoramos mas levantamos. Não que o Marcelo, no hotel novo, não tenha acordado milhares de vezes. Uma delas, supostamente “com calor”, desligou o aquecimento e precisei de coberta extra; na outra, insistiu em me acordar para perguntar se eu não era uma estátua. Estou acostumada a ter marido sonâmbulo mas não posso estar muito já que temos uma janela na área. Credo!

E vamos ao desayuno. Aaaaaaaah! Quebrou nossas expectativas... não tinha ovos nem frios... mas era à vontade, tinha croissant de chocolate e torradeira o que já me fez muito feliz. Para o Celo compraremos uma dúzia de ovos em Paris. Voltamos e eu cochilei mais um pouco para tentar afogar a maldita dor de cabeça que insistia em existir enquanto Celo lia o super guia-deus que o Beto e a Tati nos deram para obter informações de Barcelona. No geral podemos dizer: Gaudí rules! Ele me acordou depois de des-desayunar no banheiro. Vamos lá. Para-águas não precisaremos mais pois o tempo parece firme.
Saímos com nossa mochila contendo o guia e mais roupas apenas. Perdidos em Barcelona como fazemos nos primeiros dias. Perder-se para se encontrar. Eis que nos perdemos mesmos, nos enganamos quanto aos sentidos e fomos parar para lá de Bagdá através do Paseo de Maragall ou algo do tipo. Vimos a 1ª loja surreal que vende maconha e artigos de maconha. É tão estranho para nós brasileiros. Olhando vitrines e lousinhas com menu do dia. Enfim, nos achamos no mapa láaaaaa longe e não havia jeito se não voltar todo o caminho. Aproveitamos para comprar maçãs verdes (azeeeedas) e bananas (tb verdes). Passamos na frente do hotel e seguimos em direção à Sagrada Família e depois ao centro. Vimos a Sagrada Família, ali em frente ao KFC. Ela em sua eterna construção de 18 torres e mais capelas. Confesso, e no caso posso dizer, confessamos que ela é meio mocolonga, meio estranhona... Já no KFC um menu de 8€ nos seduz. Celo quer frango frito. Batemos fotos... da Sagrada Família, não do KFC e fomos em frente.

(A Sagrada Família, eternamente em obras.)

De lá Arc de Triomphe. Aqui as bicicletas mandam, é bem legal. Tem esse sistema público de bike que você tem acesso pagando uma anuidade. As bicicletinhas vermelhas comandadas por velhinhos, tias, moças de saia e garotões.

(O sistema público de bicicletas.)

Um buffet chinês LIVRE por 6,50€ nos interessou. Passamos na frente da estação onde chegamos de Girona. Então passamos pelo Bairro Chinês onde se vendem roupas (bem bacanas e baratas) por atacado. Um KFC apareceu, quase atravessando a rua para encontra-lo, vi mais um buffet livre chinês por 7,50€. Resolvemos nos encher. A música era péssima mas a comida bem gostosinha, com salada e arroz (viva o arroz, raridade por aqui) e muitas frituretes gostosas. Comemos uns 3 pratos com coca-cola para descer.
De lá saímos em direção à Plaza Catalunya e sentamos em um banco para... para... não sei qual era o objetivo mas um alucinógeno na comida nos fez rir até doer. Comentando quem não podia entrar no brinquedo do Playcenter (os “tampas”), da mulher do Marilin Manson, do filhote de girafa, das crianças em bolhas, e de todas as bizarrices das pessoas. Enquanto isso os chineses do nosso lado comiam doce, suco de 4 frutas (4 em 1) e jamon tudo misturado. Depois de rir bastante fomos ao Centro de Informação Turística, nosso amigo de todas as horas, para perguntar 3 coisas: como ligar a cobrar para o Brasil? (1408 – mas não faz collect call para o Brasil), pedir um mapa melhor e saber quando sai o tal Guia del Ocio (sai 5ª feira – custamos a entender que dia era; os dias em espanhos são bem difíceis de entender, quer dizer, de reconhecer).
Saímos e fomos ao querido Corte Ingles olhar as meias e usar o banheiro. De lá partimos para a parte molhada do rolê. Um pouco cansativa e custosa já que nos levou a comprometer a economia do dia com um café de 6€ (putos!). Tentamos a Basílica de Barcelona que tb tentou nos levar a bancarrota cobrando 5€ só para entrar – todos subiam, liam o informe do preço da taquilla e iam embora. Também fizemos assim.
No nosso passeio geral vimos algumas coisas interessantes, fora a loja de produtos para tráfico de drogas, vimos uma placa de proibido poodle em uma praça, vimos o caminhão de lixo esvaziar um conteiner de garrafas e fazer um barulhão, um vestido de espanhola para a Clara por 9€, um porta-retrato simpático a la Gaudí, o letreiro do metro que acende luzinhas de acordo com a estação e o “símbolo” de Barcelona que chama (algo como) “caganeira” e são pessoas tipo freiras, espanholas, etc. fazendo um cocozão. Depois da chuva pegamos o metrô até a estação do Hospital Sant Pau, nossa casa.
Adendo rápido: o metrô de Barcelona é muito irado, malha de linhas mesmo. Em casa descansamos um pouco e recompomos as energias. Depois decidimos SERIAMENTE entrar na fase econômica master da viagem para não chegar devendo (muito) em SP. Nada de Tapas e cerveja portanto. Supermercado e hotel. Passei na internet gratuita do hotel e cervejamos no quarto jogando um buraco. Marcelo pede que acrescente duas coisas - uma séria: a cerveja aqui é 3 vezes mais cara, mas também é 2 vezes mais forte; e uma boba: o meu império no buraco, diz ele, está abalado! São 1:15 da manhã.

(O buraco nosso no hotel global.)

Buenas Notches!

Fruta € 2,60
Almoço € 18,90
Livro Cã € 7,00
Cappuccino e Chocolate € 6,00
Supermercado € 8,70
Cerveja € 4,20
TOTAL: € 47,40